Maquiagem e a bruxaria
No século XVIII, mais do que roupas com léguas de tecidos, o que estava na moda mesmo era queimar bruxas. Qualquer mulher que usasse de algum artifício químico, fosse para curar uma dor de barriga com ervas, fosse para fazer poções de amor, era acusada de bruxaria e queimada viva pela Igreja.
Daí, por seduzir e atrair os homens, a maquiagem começou a ser condenada como uma espécie de bruxaria. A Igreja condenava a vaidade e a busca pela juventude eterna através dos cosméticos e acusava as mulheres que usassem os produtos, de fazerem propaganda enganosa. Uma vez que a mulher se valesse da maquiagem para ficar mais bonita era como se estivesse mentindo, ou colocando uma máscara.
A mulher era acusada de feiticeira. Livrando assim os homens de suas responsabilidades matrimoniais, uma vez que o se casara com uma mentira, o homem podia escolher se quisesse ficar realmente com a ‘verdadeira’ esposa.
Mas isso não durou muito, porque a higiene naquela época era precária, as pessoas não tinham essa cultura de tomar banho todos os dias, mesmo porque era complicado demais tirar toda aquela roupa e se lavar com água esquentada no fogão e tudo isso sob o maior frio europeu. Por isso, a maquiagem e os perfumes começaram a fazer o maior sucesso, já que ‘tapeiam’ a sujeira e o mau cheiro, prolongando o período de ‘limpeza’ até o próximo banho.
Se a Igreja ainda tivesse a mesma força hoje em dia… Já existem até perfumes com feromônios, substâncias “atrativas”, sexualmente falando. Sem falar dos corretivos contra olheiras, dos cílios postiços, do botóx…
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